Cirurgias

Trabeculectomia (cirurgia do glaucoma):
A trabeculectomia é um processo cirúrgico nos olhos para realizar o tratamento de glaucoma.

A finalidade da cirurgia é produzir um canal de drenagem alternativo para aliviar o aumento da pressão intraocular. O canal é confeccionado no limbo (união entre a córnea e esclera) e permite a saída o humor aquoso da câmara anterior para fora do olho. O líquido fica acumulado em uma bolsa protegida pela conjuntiva e dali é absorvido.

Cirurgia de Xantelasma:
A remoção do xantelasma pode ser feita através da aplicação de substâncias cáusticas para a cauterização química, eletrocoagulação, laser ou retirada cirúrgica com fechamento por sutura (pontos). A escolha do tipo de tratamento vai depender da extensão das lesões e de cada caso, devendo ser indicado pelo dermatologista. O laser de CO2 Active promove a evaporação da lesão sem o dano tecidual e as cicatrizes deixadas pelo tratamentos convencionais.

Cirurgia de tumor de conjuntiva sem transplante de conjuntiva ou pálpebras:

Cirurgia de Pterígeo
O pterígio é uma degeneração da conjuntiva (mucosa que recobre a parte branca do olho) e pode crescer lentamente ao longo da vida. Pode se apresentar como uma lesão pequena ou que pode até mesmo distorcer a topografia da córnea e em casos avançados ocluir o eixo visual interferindo na acuidade e qualidade visuais.

Ocorre, geralmente, em pessoas que passam muito tempo ao ar livre, expostas ao vento e ao sol (exposição prolongada à luz ultravioleta – luz do sol sem óculos de sol) e pode afetar um ou ambos os olhos. Acomete pessoas em todas as idades e seu início é mais comum entre os 20 e os 40 anos.

O pterígio não é, normalmente, um problema grave. Pode, no entanto, provocar sintomatologia e sinais bastante desagradáveis. Em determinadas circunstâncias o pterígio pode não apresentar sintomas. Os sintomas mais comuns são sensação de areia no olho, coceira, sensação de ardor e visão turva. A vermelhidão pode ser um sinal frequente trazendo desconforto estético.

O pterígio que se apresenta sem sintomas deve ser acompanhado de perto pelo oftalmologista semestralmente para avaliar se há crescimento com risco de piora da visão.

Quando o pterígio leva à piora da visão, sintomas constantes que não melhoram com o tratamento clínico (colírios lubrificantes) ou quando a vermelhidão também é constante e interferem na estética o tratamento cirúrgico pode ser realizado.

A cirurgia é realizada sob anestesia local  e dura entre 15 a 30 minutos. Após a remoção do pterígio realiza-se o auto-transplante conjuntival que diminui em muito o risco de sua recidiva. A remoção do auto-transplante de conjuntiva não implica em nenhum risco. Utilizamos também a cola biológica para a realização do auto-transplante conjuntival que tem o grande benefício de não se utilizar as suturas que aumentam a inflamação e o desconforto no pós-operatório imediato trazendo uma recuperação mais rápida ao paciente.

O tempo de recuperação e repouso é curto e o retorno ao trabalho ou atividades normais pode ser feito após alguns dias da cirurgia, principalmente quando a cola biológica é utilizada.

Correção cirúrgica de ectrópio ou entrópio:
Entrópio é uma doença em que a pálpebra se dobra para dentro (invertida), fazendo com que os cílios irritem o globo ocular. Ectrópio é uma doença em que a pálpebra se dobra para fora (evertida) de modo que sua borda não entra em contato com o globo ocular.

Normalmente, as pálpebras superior e inferior se fecham com firmeza, protegendo o olho de qualquer agressão e evitando a evaporação das lágrimas. Se a borda de uma das pálpebras se virar para dentro (entrópio), os cílios roçam no olho, podendo dar origem a uma úlcera e cicatrizes na córnea. Se a borda de uma das pálpebras se virar para fora (ectrópio), as duas pálpebras são incapazes de se fechar corretamente e as lágrimas não se espalham sobre o globo ocular. Essas doenças são mais comuns nos idosos (geralmente como resultado do aumento do relaxamento dos tecidos, próprio da idade), em pessoas com alterações oculares causadas por infecção, cirurgia ou lesão, e em pessoas que têm blefaroespasmo ( Distonias focais e segmentares).

Entrópio
Imagem cedida pela Ophthalmic Clinic do Health Center da Universidade de Erlangen-Nürnberg, através do Online Journal of Ophthalmology (www.onjoph.com).

Ectrópio
A imagem é uma cortesia de Jonathan J. Dutton através do Online Journal of Ophthalmology (www.onjoph.com).

Sintomas
Tanto o entrópio como o ectrópio podem irritar os olhos, causando uma sensação que há alguma coisa no olho (sensação de corpo estranho), provocando lágrimas e vermelhidão.
Diagnóstico
Sintomas e exame médico
O médico estabelece o diagnóstico com base nos sintomas e nos achados realizados durante o exame.
Implante secundário / explante / fixação escleral ou iriana:

Objetivo: avaliar os resultados de uma série de casos de fixação iriana de lentes intraoculares de câmara posterior para correção de afacia, realizados no setor de catarata da disciplina de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do ABC e compará-los a literatura existente. Métodos: estudo prospectivo de oito pacientes afácicos, que apresentavam ausência de suporte capsular adequado e foram submetidos à cirurgia para implante secundário de LIO de câmara posterior com fixação iriana seguindo a técnica modificada de McCannel. Resultados: sete dos oito pacientes (87,5%) que não tiveram complicações cirúrgicas obtiveram melhora na acuidade visual corrigida. Um paciente (12,5%) apresentou complicação intra-operatória, evoluindo com ceratopatia bolhosa do pseudofácico. Um paciente (12,5%) apresentou glaucoma secundário à dispersão pigmentar. Conclusão: em nosso estudo a técnica de fixação iriana de câmara posterior se mostrou eficaz e segura para o tratamento da afacia, em concordância com os dados da literatura. Descritores: Afacia; Implante de

Implante de Anel de Ferrara (Cirurgia de ceratocone):
A cirurgia de ceratocone é uma alternativa de tratamentoquando os óculos e lentes de contato já não corrigem satisfatoriamente a visão, ou o paciente não se adapta a esses tratamentos.

Os procedimentos que se aplicam à solução desse problema ocular sãoo Crosslinking, o implante de Anel de Ferrara  e o Transplante de Córnea.
Cirurgia refrativa:

Uma das cirurgias dos olhos mais conhecidas é a Cirurgia Refrativa. É um procedimento considerado simples, que dispensa a necessidade de internação pois é feita através de um equipamento chamado Excimer Laserque utiliza uma luz ultravioleta para remodelar suavemente a superfície da córnea e modificando sua curvatura para corrigir os erros refrativos, como a Miopia, a Hipermetropia, o Astigmatismoe a Presbiopia.
Hoje contamos com várias técnicas para realizar a cirurgia refrativa:

PRK (Ceratectomia Fotorrefrativa):

No PRK é feita uma raspagem para remover o epitélio da córnea (camada mais externa do tecido corneano), para após ser feita a aplicação do laser.

Terminado o procedimento, uma lente de contato terapêutica é colocada diante à superfície corneana para promover a cicatrização e o alívio do desconforto nos primeiros dias do pós-operatório.

  • LASIK(Laser Assisted In Situ Keratomileusis):

No LASIK cria-se primeiramente um flap na camada mais externa da córnea (epitélio), para após ser feita a aplicação do laser na sua camada mais interna. Terminada a aplicação, o flap é reposicionado.

  • INTRALASE
    O método Intralaseé muito similar ao Lasik, porém não utiliza lâmina para a criação do flap corneano. Sendo assim, é mais seguro e menos invasivo.
  • PRESBILASIK
    presbiopiaé definida como a perda da amplitude de acomodação relacionada à idade, ocasionando a dificuldade visual para perto. A correção da presbiopia normalmente se faz com o uso de óculos unifocais, bifocais, multifocais ou lentes de contato.

Embora satisfatório do ponto de vista oftalmológico, o uso de auxílios ópticos é percebido como algo indesejável para a maioria dos pacientes, especialmente para os emétropes, aqueles que ao longo da vida nunca precisaram de uma correção óptica e estão desabituados a tal uso.
Atualmente já existem programas que permitem ao Excimer Laser obter mudanças na curvatura da córnea, criando aberrações asféricas e que resultam em mudança na profundidade do foco. Com isso, ocorre uma redução ou, em alguns casos, até a eliminação dos sintomas da presbiopia.
O recurso tem resultado bom desde que o caso seja bem selecionado pelo oftalmologista, pois de acordo com as características, alguns casos não são aptos a receber este tipo de correção.
CIRURGIA REFRATIVA CUSTOMIZADA

Laser Customizado é uma nova tecnologia desenvolvida para as cirurgias refrativas. Criada a partir do sistema de comprimento de ondas ou “Wave-Front”, permite um tratamento mais preciso e personalizado para cada olho. Diferente da cirurgia refrativa convencional, que lapida a córnea, a customizada varre pequenas imperfeições de sua superfície, chamadas de aberrações.
Essas pequenas imperfeições podem explicar por que algumas pessoas continuam sem distinguir bem objetos à noite e vêem algumas manchas assimétricas mesmo depois da cirurgia refrativa e acham que necessitam de óculos novamente.
Portanto, essa tecnologia de última geração supera a convencional em diminuir as queixas noturnas e em ambientes de baixa luminosidade.

A superioridade desta tecnologia é melhor observada nos casos de astigmatismo e correções de olhos já operados que ainda mantém um desconforto visual, mas é indicada tanto para quem ainda não se submeteu a nenhuma intervenção quanto para os que já operaram e não estão satisfeitos.

Para criar o programa que irá orientar a cirurgia refrativa customizada, é necessário fazer um exame chamado Aberrometria, que calcula as imperfeições e as irregularidades da córnea, tornando a cirurgia refrativa personalizada.

Na avaliação pré-operatória, um exame oftalmológico completo é feito, determinando as condições oculares para avaliar a indicação cirúrgica e a técnica a ser realizada, sempre visando o melhor resultado.

FACO + TREC (catarata + glaucoma):

Catarata e Glaucoma: quando as doenças coexistem

A catarata pode naturalmente coexistir com o glaucoma, podendo ter um efeito causador ou surgir após uma cirurgia de glaucoma. Seja qual for o caso o paciente requer um acompanhamento especial.

Felizmente é possível combinar em um mesmo procedimento o tratamento para as duas doenças.

Quando o paciente portador de glaucoma requer uma cirurgia para controle da pressão intraocular e já apresenta catarata, pode ser uma ótima oportunidade para remoção da catarata em conjunto na mesma cirurgia.

A cirurgia de catarata pode ser combinada com a trabeculectomia, que é a cirurgia filtrante clássica do glaucoma, mas também podem ser adotadas outras técnicas como a canaloplastia, endociclofotocoagulação e os novos stents microcirúrgicos (ainda não disponíveis no Brasil).

Você pode saber mais sobre as cirurgias para tratamento do glaucoma nesse artigo publicado anteriormente.

Em algumas circunstâncias, principalmente nos casos de glaucoma de ângulo estreito, a cirurgia de catarata isolada pode ser muito benéfica na redução da pressão intraocular.

A decisão de que tipo de cirurgia deve ser realizada no paciente com glaucoma e catarata coexistentes depende de vários fatores, principalmente o tipo de glaucoma e a severidade do caso.

Calázio:

Calázio é uma tumefação (inchaço) da pálpebra, causada pela inflamação de uma das glândulas que produzem material sebáceo, localizadas nas pálpebras superior e inferior. O calázio às vezes é confundido com um hordéolo(terçol), que também aparece como uma tumefação na pálpebra. O hordéolo é uma infecção de um folículo ciliar que causa um nódulo avermelhado e doloroso na borda palpebral. Já o calázioé uma reação inflamatória ante uma obstrução da secreção sebácea pela glândula.

Sintomas de Calázio: Na maioria dos casos a única queixa é de uma protuberância na pálpebra, mas em outros casos pode haver inchaço generalizado da pálpebra com um ponto doloroso definido.

Tratamento de Calázio: O tratamento do calázio é feito por um dos métodos citados abaixo, ou por uma combinação destes.

  • Compressas mornas
  • Pomadas antibióticas
  • Excisão cirúrgica: um calázio que não respondeu a outros tratamentos pode ser removido cirurgicamente uma vez que a inflamação inicial já tenha diminuído.

Pterígio com transplante de conjuntiva / Pterígio sem transplante de conjuntiva :

Tambem conhecido por “carne no olho”, o pterígio é uma alteraçao na membrana transparente do olho chamada conjuntiva e é decorrente de uma série de fatores que vão desde a hereditariedade até a exposição excessiva a agentes irritativos como praia, piscina, sol, poluição, ar condicionado, etc. A prevalência desta doença em um país tropical e, sobretudo, numa cidade litorânea como a nossa é muito alta, devido ao clima quente e à exposiçao solar frequente. Por isso, muitas pessoas conhecem alguém que tenha essa doença, mas que, por vezes, evitam buscar um tratamento mais efetivo por acharem que não há o que fazer ou por que já ouviram falar que “se operar, a carne volta”. Não devemos confundir pterígio com catarata, que é a perda de transparência do cristalino e que acontece mais frequentemente em pessoas acima dos 60 anos e exige outro tipo de tratamento.

Blefaroplastia:

O termo Blefaroplastia geralmente refere-se a todas as técnicas cirúrgicas que envolvem a remoção de pele redundante e músculo da pálpebra, com ou sem remoção da gordura orbital. Pode ser classificado em:

Blefaroplastia Superior:

Em geral, a blefaroplastia superior da pálpebra envolve a remoção de pele redundante, juntamente com a retirada de uma porção do músculo orbicular, septo orbital e gordura pré-aponeurótica. No entanto, podem ser feitas variações desta técnica com base no paciente e no Cirurgião.

Blefaroplastia Inferior:

A blefaroplastia inferior da pálpebra inclui vários procedimentos cirúrgicos visando remover o excesso de pele, gordura e músculo, individualmente ou em conjunto.

Catarata:

É uma opacidade parcial ou total do cristalino. O cristalino é uma lente biconvexa natural do olho localizado atrás da pupila. Ele colabora na convergência dos raios luminosos para formação da imagem na retina, portanto qualquer alteração na sua constituição afeta a visão nítida.
A cirurgia de catarata consiste na remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Faco-emulsificação com implante de lente intra-ocular, onde após a retirada completa da catarata, é implantada uma nova lente. Atualmente, temos também a opção de corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) na cirurgia de catarata, ou seja, além de retirarmos a catarata contamos com uma variedade de lentes intra-oculares que ajudam a corrigir esses erros refrativos. Consulte o nosso especialista em catarata para saber qual a lente intra-ocular é a mais indicada para melhor satisfazer a sua visão no pós-operatório.

FACO + LIO DOBRÁVEL (RECOMENDADO):
Flexíveis (dobráveis): O material desta lente inta-ocular é um tipo de acrílico flexível desenvolvido nos Estados Unidos que permite que, possa ser dobrada e injetada no olho através de um instrumento semelhante a uma caneta de ponta fina, pela abertura de 2-3 mm na borda da córnea inicialmente feita no processo da cirurgia de catarata, não necessitando a ampliação dessa incisão. Como esta abertura tem um tamanho realmente microscópico, ela é auto-selante e não necessita de suturas (pontos) na córnea. Com este tipo de lente a cirurgia de catarata e a recuperação são ainda mais rápidas e melhor para a saúde ocular.

FACO + LIO RIGÍDO:

Rígidas (não dobráveis): A lente intra-ocular rígida é uma lente de fabricação nacional de boa qualidade. Por suas características de rigidez, a abertura realizada nos olhos precisa ser aumentada de 3 para 7 mm. 
Este tipo de abertura não é auto-selante, com isso é obrigatória a realização de uma ou mais suturas no olho para manter a vedação. A opção por este tipo de lente permite que o paciente se recupere da catarata e possa enxergar de forma adequada.
Com os pontos no olho é normal que seja induzido  astigmatismo que torna maior o grau do óculos depois da cirurgia de catarata. Vale a pena ressaltar que quanto maior a abertura realizada no olho, maior o risco de infecções e mais demorado é o tempo de recuperação pós-operatório.

FEC + LIO RIGÍDO:

A facectomia para o implante de uma lente intraocular é um procedimento cirúrgico para cura da catarata. A catarata é uma das mais comuns doenças nos olhos. Trata-se da opacidade do cristalino. O cristalino é uma lente que temos dentro do olho. Quando ele fica opaco, a visão é diminuída. É necessário então trocar essa lente natural por uma artificial. Há uma série de lentes intraoculares capazes de substituir o cristalino. Uma das mais populares é a de acrílico dobrável. A cirurgia é realizada sem necessidade de internação e com anestesia local. Há técnicas diferentes para essa cirurgia: – Facectomia intracapsular: a lente é totalmente removida após ser congelada – Facectomia extracapsular: faz-se uma abertura na cápsula anterior da lente natural e extrai-se o núcleo – Facoemulsificação: a lente é removida por vibração e sucção